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Cenário - 23.8.18

FSB Inteligência

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Atualizado às 08:45

Emprestar capital político aos presidenciáveis pode ser um peso extra a ser carregado pelos candidatos a governador que estão bem nas pesquisas.

 

Esta é mais uma peculiaridade das eleições.

 

No cruzamento do desempenho regional com os números nacionais, colegas de partido passam por experiências (no mínimo!) peculiares.

 

Alguns sentem na pele, pela primeira vez, o que é fazer parte do mesmo time e não encantar o eleitor pelo jogo coletivo.

 

Em Minas Gerais, por exemplo, o tucano Antonio Anastasia lidera, mas Geraldo Alckmin é apenas o quarto na preferência dos mineiros.

 

Com João Dória, em São Paulo, acontece o mesmo: entre os paulistas, Lula e Bolsonaro estão na frente de Alckmin.

 

No Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (MDB) saiu na frente dos adversários, mas a chapa puro sangue Meirelles/Germano Rigotto não chega ao patamar de 2% das intenções.

 

A dinâmica invertida, na qual candidatos a governador correm para 'turbinar' campanhas presidenciais, pode produzir efeitos ainda desconhecidos do público e dos especialistas.

 

Com eleições tão curtas, muita gente já faz as contas para saber em que momento a melhor estratégia será lutar apenas por si mesmo.

Termômetros

Próximos capítulos

Na próxima segunda-feira, 27, novas rodadas de pesquisas eleitorais começam a ser divulgadas.

No mesmo dia, à noite, o Jornal Nacional abrirá a série de entrevistas com os presidenciáveis - Ciro Gomes (PDT) será o primeiro.

Na terça-feira, 28, Jair Bolsonaro (PSL) sentará na bancada do JN e, na sequência, Geraldo Alckmin e Marina Silva (Rede).

Cada candidato terá 25 minutos para expor suas ideias.

Bolsonaro

Suspense

A indicação de que dará prioridade à agenda de campanha, lança dúvidas sobre se Jair Bolsonaro (PSL) irá ao Jornal Nacional.


Millennials

Teste geracional

A campanha de Henrique Meirelles (MDB) nas redes sociais tem chamado a atenção pela ousadia e pelo uso da linguagem que se adapta aos tempos de hoje.

A aposta no formato "auto Meme" quebra o gelo e retém os mais jovens. Os comentários negativos são mantidos e respondidos.

Bolsa Família


Afeito pós-pesquisas


Todos os presidenciáveis têm lançado mão da defesa (quase enfática!) do Bolsa Família.

Essa característica tende a se acentuar com o início da temporada de divulgação de pesquisas.

Há propostas de aporte de mais recursos, melhoria de acesso e maior fiscalização.

Ninguém falou até agora em revisão.

Corrupção

Agenda da Lava Jato

A campanha eleitoral segue e a agenda de trabalhos da Lava Jato na Justiça Federal e no Ministério Público, também.

Nos últimos dias, dois nomes do PT - Silvinho e Cândido Vacarezza - ganharam os holofotes.

A procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, prorrogou as investigações por mais um ano.

Troca-troca

Vida de suplente

Apesar do fim do prazo de registro de candidatura, é intenso o troca-troca de suplentes nas candidaturas ao Senado.

Na Paraíba, um candidato do MDB trocou o primeiro e o segundo.

No PT de Minas Gerais e no MDB do Tocantins, a vaga de suplente registrada também é provisória e os partidos ainda reacomodam nomes.

Agenda

Eleições - A EBC entrevista hoje a candidata da Rede, Marina Silva, com transmissão ao vivo, às 17h30, na Agência Brasil, Rádio Nacional e TV Brasil.

Inflação - O IBGE divulga hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, tendo o período de 16/7 a 15/8 como referência.

Trabalho - O STF finaliza hoje julgamento sobre a terceirização de atividades fim.

TSE - A Corte realiza audiência pública para a elaboração do plano de mídia da eleição presidencial. A ordem de veiculação das propagandas, por partido, será decidida por sorteio.

Arrecadação - Os resultados da arrecadação de tributos federais e contribuições previdenciárias relativas ao mês de julho serão anunciados hoje pela Receita Federal.

Nos jornais

Lava Jato - Levantamento aponta que, de 77 políticos investigados na Lava Jato e que se candidataram nas eleições 2018, 21 registraram redução do valor de seus bens em relação a eleições anteriores. (manchete de O Estado de S. Paulo)

Datafolha - O ex-presidente Lula chega a 60% das intenções de voto em Pernambuco. No Distrito Federal, Jair Bolsonaro (PSL) lidera em todos os cenários, inclusive com o petista. (Folha de S.Paulo)

Herdeiros - Marina Silva (Rede) é a que mais herda votos dos eleitores de Lula num cenário sem o petista. A ex-senadora é a preferida de 21% dos que dizem que votariam em Lula. O provável sucessor, Haddad fica com 9%. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)

Álvaro Dias - Em entrevista, o candidato à presidência Álvaro Dias (Podemos) afirma que seu principal adversário é o desconhecimento entre os eleitores. O senador promete acabar com os privilégios nos três Poderes. (Folha de S.Paulo)

Bolsonaro - O presidente do partido de Jair Bolsonaro (PSL), Gustavo Bebianno, revelou que a campanha reavalia a participação do presidenciável nos próximos debates na TV. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)

Maluf - A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados cassou, por unanimidade, o mandato do deputado Paulo Maluf (PP-SP), seguindo decisão do ministro do STF Edson Fachin. (todos os veículos)

Alerj - Ao derrubar o veto a um reajuste de 5% nos salários de servidores do Judiciário, MP e Defensoria Pública, a Alerj colocou em risco a permanência do Rio no Regime de Recuperação Fiscal. (manchete de O Globo)

Intervenção - O apoio dos moradores da cidade do Rio à presença do Exército vem caindo. O índice dos que são a favor da convocação dos militares diminuiu de 76%, em março, para os atuais 66%. Já a desaprovação passou de 20% para 27%. (manchete da Folha de S.Paulo)

Emprego - A economia brasileira criou 47.319 postos de trabalho com carteira assinada no mês de julho. O resultado é o melhor para o mês em seis anos, segundo dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho. (todos os veículos)

Frete - O pagamento do "frete de retorno", quando os caminhões voltam para sua origem vazios, é hoje uma das principais preocupações do setor agrícola. Desde o tabelamento, em maio, o pagamento desse valor é obrigatório. (manchete do Valor Econômico)

Trump - Diante das crescentes suspeitas envolvendo assessores diretos, o risco do presidente dos EUA, Donald Trump, sofrer um impeachment no Congresso é hoje maior do que o de uma condenação na Suprema Corte por obstrução da Justiça, conspiração com os russos ou crimes financeiros. (todos os veículos)