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"Cartas a um jovem juiz"

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Atualizado em 22 de janeiro de 2014 14:36




Editora: Editora Elsevier - Campus Jurídico
Autor: Cesar Asfor Rocha
Páginas: 151





Todos nós, ao iniciarmos um ofício, estamos inseguros, ao mesmo tempo em que desejosos de conhecer os "segredos" desvendados por aqueles que já fizeram o mesmo caminho. Nada mais pertinente, portanto, do que ouvi-los, e mais que isso, no formato cartas - a postura adotada pelo missivista convida se não à confissão, pelo menos à conversa íntima, verdadeira, em que aspectos normalmente mais reservados são tratados sem embaraços. Assim, é louvável a ideia editorial que preside a coleção.

A proposta abrange diferentes profissões: são bem conhecidos os volumes "Cartas a um jovem escritor", assinadas nada mais, nada menos, do que pelo prêmio nobel de literatura Mário Vargas Llosa; "Cartas a um jovem terapeuta", pelo colunista da Folha de S. Paulo Contardo Calligaris; "Cartas a um jovem político", de punho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tantos outros.

Em nossa coluna de hoje, as cartas enviadas ao jovem juiz brasileiro vêm oportunamente assinadas pelo ministro aposentado do STJ Cesar Asfor Rocha, cuja carreira jurídica permitiu-lhe experimentar diferentes nuanças do papel do juiz. Asfor Rocha graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Ceará em 1971; foi advogado militante por 20 anos; integrou o TSE, entre abril de 2005 e abril de 2007; compôs o Superior Tribunal de Justiça, do qual foi presidente no período de setembro de 2008 a setembro de 2010. Ocupou ainda as funções de Corregedor Nacional de Justiça e Conselheiro do CNJ.

Seu discurso traz, portanto, as prerrogativas de quem conhece os dois lados, certo tom conciliatório, em que se acentua a segurança. A seu ver, a figura do juiz pressupõe serenidade, cordialidade e sobretudo, confiança em sua própria capacidade intelectual e funcional, o que lhe permite defender a ideia de que todos devem ser por ele recebidos, desde o advogado até as partes, passando inclusive pelos políticos. Sobre esse ponto, conta que enquanto integrava o TSE, foi procurado por um candidato a cargo público que buscava o registro de um epíteto desabonador por crer que só com aquele nome seria reconhecido pelo eleitorado. Em conversa particular, conseguiu convencê-lo da inadequação e do constrangimento que o apelido desencadearia, demovendo-o do pedido.

A ideia das "cartas" é exatamente essa: como as "redes sociais", privilegia o compartilhamento de experiências.

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Ganhador:

  • Everton Paulo Tinte, de Itajobi/SP.

Elsevier Editora Ltda

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