Lava Jato

20/3/2019
José Renato Almeida

"A operação Lava Jato sofreu intenso ataque durante as sessões de 13 e 14/3 do Supremo Tribunal Federal. De forma insistente e visivelmente orquestrada, quatro ministros tentaram desqualificar os procuradores que conseguiram alcançar criminosos disfarçados de políticos, governantes ou empresários. Além de revelar os crimes de lesa-pátria, a Lava Jato levou à prisão culpados e recuperou parte dos recursos roubados, de forma nunca vista na história do país. A intensão de intimidar ficou patente quando o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, ao pronunciar o resultado do julgamento, em ato de pirotecnia midiática, anunciou a abertura de processo para investigar fake news nas redes sociais que criticam, ameaçam e ofendem o STF, ministros e seus familiares. Nomeou na hora o ministro Alexandre de Moraes como responsável pelo processo. A procuradora-Geral Raquel Dodge recebeu o processo e respondeu de imediato questionando o objetivo, pois não citava qualquer suspeito a investigar; esclareceu que um poder (STF) não pode investigar e julgar ao mesmo tempo; se há algum suspeito com foro privilegiado e a indicação do ministro responsável sem uso do sistema de distribuição do STF. Uma aula de agilidade e competência, de quem sabe o que é um processo e como deve ser. Quanto a vergonha que sentimos de alguns ministros do STF é a mesma explícita por seus pares: 'Vossa Excelência envergonha este Tribunal'; 'é grosseiro, é horrível, uma mistura do mal com pitadas de psicopatia'; 'eu não fraudei eleições em São José dos Campos'."

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