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Súmulas

STJ aprova súmulas sobre saída temporária, execução de multa e falsa identidade

Dois verbetes foram baseados em precedentes julgados sob o rito do recurso repetitivo.

Da Redação

segunda-feira, 30 de março de 2015

Atualizado às 08:52

A 3ª seção do STJ aprovou três novas súmulas que tratam de saída temporária, execução de multa pendente de pagamento, e falsa identidade perante autoridade penal.

Confira os novos verbetes:

Saída temporária em execução penal

"Súmula 520: O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional."

Execução de multa pendente de pagamento

"Súmula 521: A legitimidade para execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública."

Falsa identidade perante autoridade penal

"Súmula 522: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa."

Repetitivos

As Súmulas 520 e 522 foram baseadas em precedentes julgados pelo rito do recurso repetitivo. A primeira baseou-se, entre outros precedentes, no REsp 1.176.264 (tema 445). Na ocasião, o colegiado entendeu que a autorização das saídas temporárias é ato jurisdicional da competência do juízo das execuções penais, sujeito à fiscalização do Ministério Público, não passível de delegação ao administrador do presídio e necessariamente motivado com a demonstração da conveniência de cada medida.

Já a Súmula 522 teve como precedente o REsp 1.362.524 (tema 646). Ao julgar o recurso que discutia delito de falsa identidade, a seção, por unanimidade, concluiu ser típica a conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial, ainda que em situação de alegada autodefesa.

O colegiado citou precedente do STF que, ao julgar uma questão de ordem, reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria. Segundo o Supremo, "o princípio constitucional da autodefesa não alcança aquele que se atribui falsa identidade perante autoridade policial com o intento de ocultar maus antecedentes, sendo, portanto, típica a conduta praticada pelo agente".

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