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Gestão administrativa dos escritórios de advocacia

Juscelino Souza

Fato é que o mercado brasileiro está cada vez mais exigente com os prestadores de serviços de qualquer natureza.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Atualizado às 10:52

O bom funcionamento de uma empresa, o seu desempenho e constante crescimento no mercado dependem fundamentalmente de como é feita a gestão organizacional. E no meio jurídico não é diferente. Muitos escritórios de advocacia que contam com advogados qualificados e experientes, acabam enfrentando dificuldades por terem que lidar com questões que extrapolam o Direito, englobando conceitos de administração, economia, finanças e marketing, por exemplo.

Para funcionar, um escritório de advocacia necessita de estratégias bem-sedimentadas, que contemplem aspectos como tamanho, especialização, nicho de mercado, rentabilidade e necessidade de crescimento. É preciso que ele se estruture de modo a profissionalizar a sua gestão nos moldes de uma empresa, com ações planejadas para a equipe técnica profissional e para o trabalho jurídico. Além de uma visão macro do negócio do cliente, é preciso voltar para dentro do seu próprio negócio, mas com um olhar livre dos parâmetros da burocracia jurídica.

Uma gestão de excelência envolve mais do que o sucesso das causas em que a empresa atua, mas também a sua perenidade e a satisfação do cliente. E é aí que entra a figura do gestor jurídico para cuidar dos aspectos corporativos. Traçar o cenário atual e definir o escopo de atuação, analisar a situação jurídica do cliente e se ela está de acordo com a temática do escritório, definir o plano estratégico e orçamentário, motivar a equipe com ações específicas, indicar parceiros e gerir o marketing são algumas atribuições desse profissional.

Nos casos dos advogados proprietários que são especializados basicamente em sua área de atuação, uma boa alternativa é contratar um terceiro para realizar a função de administrador e incorporar as técnicas e práticas na rotina do escritório. Utilizar uma ferramenta de gestão que ajude no gerenciamento das informações e na realização das atividades, sendo de fácil acesso por todos da equipe, também é algo importante.

Um software jurídico permite maior controle dos prazos, das audiências e sustentações orais; alimentação mais eficiente de dados dos clientes; visão sistêmica do negócio e auxílio na formação dos estagiários.

Fato é que o mercado brasileiro está cada vez mais exigente com os prestadores de serviços de qualquer natureza. No contexto da advocacia, os escritórios que aceitam essa nova realidade assumem posições de destaque e ganham projeção, fidelizando os clientes, cultivando novos talentos dentro da empresa e mantendo uma imagem de credibilidade.

Aqueles que se mantém engessados na figura do advogado técnico e administrador amador acabam gastando mais energia na busca pela sobrevivência do negócio, e nem sempre conseguem se bem sucedidos.

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*Juscelino Souza é sócio-fundador e diretor do grupo Souza Novaes Soluções Jurídicas.

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